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OBRA VENCEDORA DO CONCURSO DE COMPOSIÇÃO
ACADEMIA CLAUDE BRENDEL 2025


COMPOSITORA
OBRA
CAMILA ALVES
FORRÓ DO MATO
Camila Alves é paraense, nascida em Belém, violonista, formada no curso
técnico em violão clássico pelo Instituto Estadual Carlos Gomes no ano de 2012. Formou-se no curso de Bacharelado em Música, habilitação em Composição e Arranjo, na mesma Instituição, na classe do professor Dr. Sergio Molina. Apesar de sua formação erudita, Camila tem uma versatilidade muito grande em sua
trajetória, e passeia por diversos gêneros, tanto como musicista, como
compositora, arranjadora e letrista. Durante as atividades do curso de Composição, Camila têm composto e estreado peças instrumentais. A primeira chamada “Chandra Muka – fases da Lua”, composta para quinteto de metais, foi apresentada durante o I Encontro de
Composição do Instituto Estadual Carlos Gomes, em 2021. Ainda em 2021, estreou no instituto estadual Carlos Gomes a peça “Vertiginosa”, da série “Palavras Femininas”, composta para quarteto de cordas. Esta mesma peça foi reapresentada em março de 2022, no concerto especial em homenagem ao dia das mulheres.
Recentemente, Camila compôs mais um movimento da série “Palavras Femininas”, para quarteto de cordas. Esta se chama “Subversiva”, e foi interpretada pelo Combu Quartet, grupo paraense de cordas, na programação Quartas Musicais do Sindicato dos Médicos.
Ainda em 2022, Camila participou do I Festival de Composição do Instituto Estadual Carlos Gomes, com a obra “Abertura Olubori”, para orquestra completa.
Foi sua primeira peça para orquestra e, pela participação, ganhou o certificado de menção honrosa. Também compôs para regional de choro a obra “Rio-mar”, que se trata do primeiro movimento de uma suíte, intitulada Suíte das Águas. Aborda
musicalmente a relação que se têm na Amazônia com águas grandiosas, de rios que mais parecem mares. Com esta peça, participou do Festival Toca, em 2023. Em 2021, Camila teve a sua obra “Um Banquinho, um clarinete e um violão” publicada no livro EMBRA-Escritas Musicais de Mulheres Brasileiras, organizado por Aline Gonçalves (RJ). O livro reúne 100 partituras de 45 compositoras brasileiras de música instrumental.
Em 2024, Camila participou do 12º Festival Internacional Sesc de Música.
O grupo paraense de cordas do Sesc, que se apresentou na programação do Festival, encomendou dois arranjos inéditos de Camila, de músicas regionais, para finalizar o recital do grupo.
Ademais, Camila também estreou sua peça “Maxix”, composta como exercício proposto durante a oficina ministrada pelo professor Felipe Senna, no recital da turma de Composição do 12º Festival Internacional Sesc de Música.
Camila participou de diversos festivais da canção no país, como Festival da canção Ouremense, Festival da Canção de Itacoatiara, Festival de Tatuí, Botucantu, Festival da Canção Castanhalense, Festival da Canção de Porto Trombetas, Festival da canção de Paraupebas, tendo sido premiada no Festival da Canção do Norte 2007 (3º lugar melhor canção), no Fecani 2008 (3º lugar melhor canção), Festival da RBA 2009 (3º lugar melhor canção), Botucanto 2010 (3º lugar melhor canção), Festival da Canção Ouremense 2015 (2º lugar melhor canção), Festival Canta Servidor 2019 e 2021 (1º e 2º lugar melhor canção, respectivamente).
Em 2018, lançou seu EP autoral, intitulado “Girar”, aprovado pelo Edital
Seiva da Fundação Cultural do Pará. Neste trabalho, Camila interpreta suas próprias canções, e está disponível em todas as plataformas streaming.
Em 2019, lançou o EP “Caxangando”, com seu grupo de música
instrumental brasileira, o Quinteto Caxangá, também aprovado no Edital Seiva da Fundação Cultural do Pará. O título do álbum faz referência a uma composição instrumental sua, de mesmo nome, em parceria com o violonista Cizinho.
Também em 2021 e com esta mesma peça, participou do 2º Festival de Choro da Casa do Gilson, e, com esta participação, ganhou o prêmio de melhor grupo regional com seu grupo Quinteto Caxangá.
Também em 2021, lançou o primeiro álbum autoral de seu trabalho mais
recente, o Clarão Duo, formado por Camila no violão 7 cordas e João Marcos Palheta, no clarinete. O álbum é composto por 4 faixas instrumentais, de autoria de Camila e João. Sobre sua trajetória como instrumentista, em 2006 participou das oficinas do projeto Choro do Pará, no Instituto de Artes do Pará. Ao final do ano, participou da fundação do grupo O Charme do Choro, do qual fez parte até o ano de 2016, como violonista de sete cordas e produtora.
Em 2011, com o grupo O Charme do Choro participou do projeto Terruá Pará, que reuniu vários artistas paraenses, como Lia Sophia, Gabi Amarantos, Paulo André Barata, Edilson Morenno, Felipe Cordeiro, entre outros, em apresentação no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo. Neste show, teve a oportunidade de tocar ao lado de Sebastião Tapajós, Trio Manari, e Dona Onete. Com esta montagem, se apresentou também em Belém, no teatro Margarida Schivasappa, em Alter do Chão (Santarém) e em Marabá, ambos em praça pública.
Foi com o grupo O Charme do Choro que teve sua primeira composição gravada em CD. Overdose de Amor, um choro-canção em parceria com o violonista Marcelo Ramos, no álbum O Charme do Choro – selo Pará Instrumental, produzido a convite da Secretaria de Cultura do Estado do Pará em 2012.
Logo após o lançamento deste CD, ainda em 2012, Camila viajou por 9 Estados brasileiros, fazendo a turnê Sesc Amazônia das Artes, a convite do Sesc Pará, Tocantins, Amapá, Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Maranhão e Mato Grosso.
Graças a esse trabalho musical, em 2013, Camila recebeu o certificado
do Conselho da Mulher Empresária da Associação Comercial do Pará, de título de Talento Cultural, em reconhecimento ao trabalho e competência. Camila também se graduou em Direto, no ano de 2010, e milita no campo dos Direitos autorais. Sua pesquisa de conclusão de Curso tratou sobre a Percepção patrimonial em obras musicais, com enfoque nos Direitos Conexos aos de Autor.
De 2016 à 2020, foi professora de violão do projeto Música e Cidadania, do Instituto Estadual Carlos Gomes, atuando no Pólo APPD – Associação Paraense de Pessoas com Deficiência. Atualmente, é produtora, arranjadora e violonista 7 cordas dos grupos de música instrumental Quinteto Caxangá e d’O Charme do Choro. Em 2022, atuou como produtora da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, e atua como produtora de eventos na Secretaria de Cultura do Estado do Pará.
A peça é feita em movimento único, estabelecendo uma relação de destaque para os instrumentos pífe e zabumba, que interagem com cordas e percussão. Ao longo da peça, são feitas exposições de gêneros típicos do chamado ciclo junino da região nordeste do Brasil, quais sejam: baião, forró, frevo de bloco e xote. As variações são percebidas principalmente na zabumba, que destaca essas diferenças de “levadas” na condução rítmica. A obra se chama Forró do Mato por ter sido feita na região amazônica, conhecida pela exuberante e extensa floresta, ainda preservada em vasta parte de seu território.
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